quarta-feira, 12 de maio de 2010

Templos de Jerusalém



TEMPLOS DE JERUSALÉM

Existiram três(3) templos de Jerusalém, todos edificados no mesmo local, no MONTE MORIÁ, no setor oriental de Jerusalém, hoje ocupado em grande parte pela mesquita de OMAR, segundo a tradição, seria o local onde ABRAÃO foi sacrificar seu filho ISAAC, como prova de submissão a Deus.

O TABERNÁCULO

Era um Templo portátil dos israelitas, construído no deserto para o período de vida nômade, e que ficou em uso até a construção do templo planejado por DAVID, e edificado por SALOMÃO.
A construção do Tabernáculo aos pés do Monte Sinai ocorreu no ano de 1490 a.C. um (1) ano após MOISÉS ter recebido os dez mandamentos.
A palavra Tabernáculo, que é de origem latina, significa propriamente tenda ou barraca. O Tabernáculo deveria ficar armado dentro de uma área retangular, de aproximadamente 25m por 50m conhecida como PÁTIO do tabernáculo. Na parte Oriental ficava o povo, no Centro estava o altar das oferendas e dos sacrifícios (Êxodo-27) e na parte Ocidental ficava a tenda do Tabernáculo(Êxodo-26).
O Tabernáculo propriamente dito se dividia em duas salas. A maior era um retângulo de aprox. 5m por 10m, ficando ao lado da entrada. A menor era um quadrado de aproximadamente 5m por 5m . Eram separados por uma finíssima cortina de linho, com anjos e querubins bordados em cores. Era chamada MISHKAN, isto é; "habitação" em hebreu, e recomendava a ordem de DEUS a Moisés, "façam um santuário onde EU possa habitar entre eles", (eles me farão um santuário, e eu habitarei no meio deles, Êxodo-25).
O MISHKAN dividia as duas seções. A primeira se chamava de lugar SANTO ou SANCTUM, e a segunda era o SANTO DOS SANTOS ou SANCTA SANCORUM .
O recinto maior SANTO ou SANCTUM, tinha a mesa para os pães da proposição ou presença de DEUS , ficava ao norte e a direita de quem estivesse de frente e de costas para a entrada. Pães estes oferecidos a cada sábado a Deus, e que só os sacerdotes podiam comê-los. Era, doze e de forma achatada, constituíam a proposta que o povo fazia ao Senhor de em troca da oferta, obter as suas bênçãos. O candelabro de sete braços ficava ao sul, do lado oposto ao da mesa da proposição, portanto à esquerda de quem entrasse.
E o altar do incenso (Êxodo-30) bem ao centro e próximo do MISHKAN .
O recinto menor , SANTO DOS SANTOS ou SANCTA SANCTORUM, era considerado o lugar mais sagrado do mundo,l porque era habitação terrena do próprio DEUS. Nele estava colocada a ARCA DA ALIANÇA (Êxodo-25:10) (Hebreus-9:4). Somente o sumo sacerdote e apenas uma vez por ano, no dia da expiação, ou humilhação (Hebreus-9:6), que é 10 de outubro, entrava no SANTO DOS SANTOS a fim de fazer expiação pelos pecados do povo. Esta forma e disposição foram conservadas no templo de Jerusalém.

PRIMEIRO TEMPLO OU DE SALOMÃO

Quatrocentos e oitenta anos (480) depois que o povo de Israel havia saído do Egito, no quarto ano do reinado de SALOMÃO em Israel, no mês de fevereiro, SALOMÃO começou a construir o Templo (1Reis 6). No décimo primeiro ano de seu reinado, no mês de agosto terminou completamente o Templo, levando por tanto sete anos (07) para construí-lo.
SALOMÃO também construiu o seu palácio e levou treze anos (13) para termina-lo. SALOMÃO reinou em Israel por 40 anos, 07 anos da cidade de Hebrom e 33 de Jerusalém.
O primeiro Templo, construído por Salomão entre 967 e 964 aC, serviu como centro de culto de DEUS em Israel por quase 400 anos, até sua destruição em 586 aC, por NABUCONDONOSSOR, na tomada de Jerusalém. A destruição do Templo se deu por que Salomão, desobedeceu ao Senhor, pois ele havia ordenado que os israelitas, não se casassem com mulheres estrangeiras, pois elas fariam com que seus corações se voltassem para outros deuses. SALOMÃO além da filha do rei do Egito, casou-se com mulheres hetéias e com mulheres dos países de Moabe, Edom, Amom e Sidom, num total de 700 esposas e 300 concubinas. Construiu na montanha a leste de Jerusalém , lugares para adoração de; Quemos deus de Moabe, Moloque deus de Amom. Também construiu lugares de adoração, onde suas esposas estrangeiras, queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus próprios deuses. O SENHOR, DEUS de Israel, havia aparecido duas vezes para Salomão e ordenado que não odorasse deuses estrangeiros. Mas em consideração a DAVI, o Senhor permitiu a destruição do Templo, somente a pós a morte de Salomão., no reinado de seu filho ROBOÃO.(1Reis 11)
No dia 10 de outubro trincheiras foram cavadas em volta da cidade, que ficou sitiada por dois anos. No dia 9 de abril o rei SEDECIAS fugiu, mais foi perseguido e preso pelos Caldeus e conduzido ao rei da Babilônia em Rebla (Síria), onde foi julgado, e tendo seus olhos vazados, foi acorrentado e conduzido da Babilônia, antes porém assistiu a chacina de seus filhos.
Toda a população de Jerusalém, todos dignatários e homens abastados num total de 10.000 foram deportados para Babilônia, ainda os ferreiros e serralheiros de modo que, só ficasse a população pobre do país.
NABUCONDONOSSOR em 7 de maio ordenou que o comandante de sua guarda e oficial NABUZARDÃ, ateasse fogo no Templo do senhor, no palácio real e em todas as casas de Jerusalém, além de demolir as muralhas de Jerusalém em toda sua extensão. (o Menorá iluminou este tempo por 400 anos)

SEGUNDO TEMPLO OU DE ZOROBABEL

Entre os 10.000 Israelitas levados cativos a Babilônia, estava o rei JACONIAS. O filho de Jaconias, ZOROBABEL, após 70 anos de escravidão e da morte de Nabucondonossor, obteve de CIRO seu sucessor, a autorização de voltar a Jerusalém, em 536 a.C., e levantar as ruínas do Templo. Mais as obras só começaram por volta de 520 a.C. . Este atraso se deu devido ao fato que; os Israelitas eram constantemente hostilizados pelos samaritanos, seus vizinhos, que tinham construído um Templo, e dominados pela inveja, se opunham à reedificação do Templo de Jerusalém . A obra só continuou após, ZOROBABEL obter do rei DARIO, sucessor de CIRO, a expedição de decreto no qual punia com a morte os vassalos, que perturbassem os obreiros nos trabalhos de reconstrução da cidade de Jerusalém e do Templo.
Esse segundo templo ou de ZOROBABEL, ao que parece foi construído no mesmo lugar que o Templo de Salomão, só que menos imponentes. Neste segundo templo, o "Santo dos Santos" foi deixado vazio, pois na destruição de Jerusalém em 586 a.C., a Arca da Aliança desapareceu. Diz a lenda que a "Arca da Aliança" fora conduzido aos céus.
No "Santo" a disposição interna era a mesma, com tudo só havia um candelabro(Menorá) e só uma mesa para os pães da proposição.
Este segundo Templo foi saqueado por ANTIOCO IV no ano de 168 a.C. . Três anos mais tarde, 165 a.C., Jerusalém e foi retomada por JUDAS MACABEU, que restaurou o Templo e restabeleceu o culto.
Nesta época surge o candelabro de Nove (9) braços, destacando-se o nono, central, que sobressai dos restantes oito, que são colocados na mesma linha horizontal, é o HANUKAH que significa restauração, comemorando a vitória dos Macabeus. (o Menorá iluminou por 420 anos este segundo templo).

TERCEIRO TEMPLO OU DE HERODES

Um terceiro templo foi construído por HERODES MAGNO, que o fez com magnificência, para captar a simpatia dos judeus e para satisfazer as ambições de sua mania de construções grandiosas.
O Templo tinha as mesmas disposições do tabernáculo só que em escala maior, sendo as dimensões internas o dobro das do tabernáculo, ou seja 10 m por 30 m e se dividia como no tabernáculo em duas salas.
A mais retirada era o "Santo dos Santos - Sancta Sanctorum" um quadrado com aproximadamente 10 m por 10 m, nela ficava a Arca da Aliança. A outra sala era maior, aproximadamente 10 m por 20 m, e estava separada do "Santo dos Santos" por uma divisão de cedro, com uma porta de oliveira no centro, além do véu. Nesta sala, chamada "Santo ou Sanctorum" estavam como no tabernáculo as mesmas peças, só que em maior escala. O altar do incenso feito de cedro revestido de ouro e dez (10) mesas invés de uma, cinco de cada lado; e 10 candelabros de ouro, em vês de um, também cinco de cada lado.
A restauração começou no ano de 20 a.C. . O santuário ficou pronto em apenas 18 meses, e sem dúvida os átrios só foram terminados no ano 64 d.C..
Este Templo foi destruído no ano 70 d.C., pelos Romanos.

BIBLIOGRAFIA:

- Bíblia Sagrada - Sociedade Bíblica do Brasil
- A Bíblia - Editora Vozes.
- Bíblia de referência de Thompsom
- Os Graus Inefáveis - Rizardo da Camino.
- Instruções para Capítulos - Do 15º ao 18º grau - Nicola Aslan
- Ritual do Grau 15 e 16, GOB.
- Revista CONSCIÊNCIA nº 35 GLMEMS

Fonte: Portal Maçônico Oriente

Pesquisa: Ir.´. José Carlos Lopes

domingo, 9 de maio de 2010

O Bode na Maçonaria




O BODE NA MAÇONARIA



Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que bode? Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode nado fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas.

Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior: - "Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra". Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: "BODE" - aquele que não fala, sabe guardar segredo.



Autor - Ir.´. José Castellani                                  
Pesquisa e digitação - Ir.´. José Carlos Lopes

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palestra - A Mulher na Maçonaria

Cristiane Lopes

Palestra:
A Mulher na Maçonaria – perfil da primeira iniciada;
objetivos do simbolismo e da filosofia maçônica; 
o conhecimento como nivelador de diversidades
Imagens:
Stephen Alan McKim


































Bons Exemplos

De: Emanuel Lopes
Data: 6/5/2010 20:02:41
Para: Filhos de Noé
Assunto: [filhosdenoe] Enc: Irmãos trabalhando



Aquino!

Essas fotos nos dão uma grande lição de coragem e de fé no caminho que escolhemos.
Esforços que cada um de nós nos propusemos e, sobretudo a coragem e a para construir uma fraternidade real, sincera, sólida e forte. 
Estas fotografias mostram alguns de nossos Irmãos no Haiti, depois da catástrofe. Continuam trabalhando em seu templo, apesar das condições precárias nas quais se encontram hoje... vejam as paredes, o chão...
TFA





terça-feira, 4 de maio de 2010

Declaração Universal dos Direitos Humanos - Texto na Íntegral

Preâmbulo

CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da familia humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,

CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade,

CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

CONSIDERANDO ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,

CONSIDERANDO que os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem e a observância desses direitos e liberdades,

CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,

A Assembléia Geral das Nações Unidas proclama a presente "Declaração Universal dos Direitos do Homem" como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Artigo 1
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3
Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5
Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6
Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8
Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10
Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11
I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.
II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo 13
I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo 14
I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15
I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16
I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

Artigo 17
I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo 19
Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

Artigo 20
I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21
I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22
Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indipensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

Artigo 23
I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24
Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25
I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e be
star, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à seguranca em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26
I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnic
rofissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo 27
I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios.
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28
Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29
I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

A Composição da Árvore da Vida



:: Graziella Marraccini ::

A ARVORE SEFIROTAL é composta de 10 (dez) ESFERAS, ou círculos, chamados SEPHIROTH (no singular SEPHIRAH). Elas representam princípios energéticos da Criação. Estão dispostas em três triângulos estando a décima esfera isolada em baixo.

As esferas, ou Sephiroth, são ligadas entre si por 22 linhas que indicam o caminho, perfazendo 32 pontos de meditação, pontos de estudo, pontos de conhecimento, cheios de simbolismo arquétipo que nos é revelado com o estudo.

O 33º ponto é o resultado final, é O CONHECIMENTO, a perfeição que é a meta a ser conquistada com muito trabalho, estudo e autodisciplina. Isto nos lembra os 33 anos da idade do Cristo, não é?

As SEPHIROTH, são numeradas de 1 a 10, seguindo o caminho do RAIO, que é o sentido da emanação da energia ou DESCIDA DA MATÉRIA de Deus para a criação como nós a conhecemos.

Além das 10 SEPHIROTH visíveis, existe uma (sem número) que é representada na Arvore por uma linha pontilhada.

É a SEPHIRAH DAHAT, a Sephirah Invisível, à qual os Rabinos atribuem o nome de "O CONHECIMENTO". É a esfera de mais difícil acesso, e cujo significado é revelado aos magos, aos iluminados, aos santos.

Na ARVORE as Sephiroth se distribuem verticalmente em 3 PILARES (imaginários) que apresentam os 3 grandes princípios de ATIVIDADE, PASSIVIDADE, e EQUILIBRIO.

- O Pilar da Esquerda é o da SEVERIDADE ou da FORÇA.
- O Pilar da Direita é o da MISERICORDIA ou BELEZA.
- O Pilar central é o do EQUILIBRIO ou SABEDORIA.

Esta representação em PILARES, é necessária para compreendermos um outro princípio Hermético, que é o Princípio da Polaridade: “Tudo é duplo, tudo tem dois Pólos; tudo tem seu par de opostos; o semelhante e o dessemelhante são uma só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados (O Caibalion*). Para se neutralizar estas duas polaridades é que existe o “Pilar do Meio”.

Aqui é importante observar que estamos vendo a Arvore como uma representação do MACROCOSMO (O UNIVERSO), e portanto ela é aqui representada "de frente", isto é, olhando-se para ela.

Para a representação do MICROCOSMO, (O HOMEM), devemos lembrar que este se inscreve na ARVORE olhando para cima (ou olhando para nós), isto é, ESPELHADO. Os Dois Hemisférios de nosso Cérebros regem nosso Corpo de maneira cruzada: O hemisfério Esquerdo rege o lado direito do corpo e o Hemisfério Direito rege o lado esquerdo do corpo.

Desta maneira os sentidos dos Pilares ficam invertidos, correspondendo o Lado Direito do Homem (quando escrevo Homem quero dizer o gênero humano) à Força e o Lado Esquerdo do Homem à Beleza.

Novamente devemos lembrar o Axioma Hermético, sem o qual nada é compreensível: “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como está em cima”, o que quer dizer análogo, e não igual. Esta compreensão de “analogia” é extremamente importante para que seja compreendido o significado da Arvore e seja conseguida sua aplicação no mundo da criação.

AS SEPHIROTH:

As Sephiroth (ou Sefiras) da Arvore são numeradas de 1 a 10, e representam principalmente DEZ estados fundamentais de energia, ou Modelos de Organização Biológica (Os Modelos de Organização Biológica que também são representados pelos planetas de nosso sistema solar), e a relação entre elas é representado pelos caminhos.

- A primeira Sefira representa sempre o ponto de partida de algo, o estado inicial, o agente motor, a ORIGEM.

- A ultima Sefira representa o FIM na matéria, a condição final, o RESULTADO.

- As outras Sephiroth indicam as etapas entre este começo e este fim.

Este é o caminho da criação, de qualquer forma ela seja, mental ou física, Divina ou humana.

Como citamos, para cada SEPHIRAH existe um Modelo de Organização Biológico, e este tem um representante no nosso Sistema Solar. Este “representante” é um Planeta, e através o seu significado astrológico, podemos compreender a natureza desta Esfera, a sua energia criadora particular, sua relação com a Terra, de onde nos observamos o Universo.

Sabendo que a Sefira é uma representação energética, precisamos compreender como estas Energias, de pura LUZ, foram criadas.

Segundo o Antigo Testamento, DEUS usou a VOZ, ou VERBO, para criar o Universo. Assim podemos explicar aquilo que os cientistas chamam de ‘Big-Bang’. O grande estrondo que o universo fez ao ser criado. Sabemos que a energia em movimento cria sons. Os sons são vibrações. As vibrações criam deslocamento e cristalização de matéria.

O nome de DEUS é formado por QUATRO LETRAS do Alfabeto Hebraico: J H V H (estas letras são escritas da direita para a esquerda H V H J e lidas da mesma forma). Estas quatro letras formam o TETRAGRAMA SAGRADO, uma espécie de código genético que ordena tudo o que existe. É a combinação diferente feita com essas quatro letras que, desdobrada e combinada de várias maneiras, forma as outras, no total 22 letras (somente consoantes), que em seguida formam 72 combinações diferentes, 72 expressões diferentes da energia inicial do nome de DEUS. (No alfabeto hebraico não existem vogais).

Assim, dizem os cabalistas, existem DEZ nomes Divinos que também indicam os atributos de cada Esfera ou Sefira. Destes nomes divinos, formados pela vibração das letras, emanam as outras 72 combinações, 72 nomes sagrados, que se estabelecem com energias chamadas de GÊNIOS que comandam e ordenam a atribuição da Esfera com a ajuda dos COROS ANGELICAIS. Eles agem como numa hierarquia de formação, controle e cristalização da energia primeiramente gerada.

Esses 72 Gênios, ou Anjos - como são chamados pelos católicos - possuem sob sua proteção uma determinada energia, uma ordem biológica, e também todas as pessoas que nascem com a influência dessa energia. Assim, é desta forma que as pessoas que nascem num determinado dia do ano possuem um determinado ‘Anjo’ que as protegem. Cada Anjo protege todas as pessoas que nasceram em 5 dias do ano solar. Mas falaremos isso em outro artigo, especialmente sobre os Anjos.

A CORRESPONDÊNCIA ASTROLÓGICA

Parece que para nossa melhor compreensão destas FORÇAS ENERGÉTICAS que regem o UNIVERSO, o CRIADOR colocou ao nosso alcance formas CRISTALIZADAS de energia, representações de Modelos Orgânicos e Biológicos, que são representadas em nosso sistema SOLAR pelos planetas.

Nos tempos antigos se conheciam somente sete planetas, até SATURNO (último planeta visível a olho nu), e todos os sistemas de CONHECIMENTO eram baseados neles. Mas a ARVORE SEFIROTAL sempre teve DEZ ESFERAS, o numero perfeito, o 9 + 1, indicando que tudo o que existe é submetido à esta lei do nº 10, ou seja o recomeço do ciclo, a roda das encarnações.

Os três planetas "invisíveis", chamados pelos Astrólogos de “transpessoais”, podem ser considerados como representativos da tríade superior, onde Plutão é correspondente a Keter, Urano é correspondente a Hochmah e Netuno à Sefira Dahat. Esses planetas influenciam os seres humanos coletivamente.

SATURNO-BINAH representaria então a cristalização da primeira manifestação da matéria, no limite do abismo. Saturno é o caminho indispensável para toda a materialização de algo.

Explicaremos melhor a correspondência astrológica das Sefiras no capítulo dedicado à elas.

A interpretação Astrológica Cabalística de seu Mapa Natal fornece a informação e a chave para a compreensão de seu desenvolvimento espiritual nesta encarnação.

* Caibalion: O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas.

A palavra Caibalion, na língua hebraica, significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala, ou Qibul, ou Qibal, que significa tradição.