sábado, 1 de maio de 2010

Espada Flamejante


Flamejante ou Flamígera? Pode parecer a mesma coisa, mas há uma sutil diferença; Flamígero vem do latim flammigeru que corresponde a flammiferu que em português é Flamífero que é o adjetivo daquilo que apresenta chamas.



Flamejante é o adjetivo do que flameja, sendo flamejar um verbo intransitivo que traduz a ação de lançar chamas.

Numa visão pessoal passível de concordância ou não e acreditando que na Maçonaria nem tudo o que se vê é o que se compreende, eu penso que quando a espada está sobre o Altar do Venerável Mestre ela é uma Espada Flamígera, nas Sessões Magnas na hora da Sagração ela é uma Espada Flamejante.

Quando ela está no Altar ela ilumina, quando ela está sobre nós, ela lança a Luz, principalmente se pensarmos que a batida do Malhete é o "interruptor".

Flamejante também é uma espécie de estilo arquitetônico conhecido como gótico florido, muito comum nas catedrais do Velho Continente, é caracterizado por ornamentos que tem o aspecto de chamas. 


As espadas em si podem ser vistas sobre três aspectos em nossas sessões: primeiro quanto ao aspecto do "Poder Temporal", quem tem a espada "comanda", o Ven.'. M.'. "comanda" os trabalhos da Oficina, Os Guardas Interno e Externos "comandam" o movimento na Porta do Templo, lembrando que somente eles podem "tocar" a porta. 



Há em alguns ritos a instrução para que a espada dos Guardas tenha a mesma forma da espada do Venerável Mestre, principalmente se pensarmos que o cargo dos Guardas ou Cobridores deva ser ocupado por um Past-Master, no Rito de York é assim!


O segundo aspecto é o "Poder Espiritual", somente aqueles instalados no Trono de Salomão, somente aqueles que foram sagrados em determinados Graus Superiores é que compreendem que quando segurada pelo punho é uma arma ofensiva, mas se segurada pela lâmina sua conotação é totalmente diferente. 


É saber se colocar como Bom Pastor. E nesse ponto que surgiu a forma ondulada da lâmina, os ritualistas da Maçonaria leram em Gênese, capítulo 3, versículo 24 (Ele expulsou o homem e colocou diante do jardim do Éden os querubins e a espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida) e interpretaram que o "instrumento" que Deus deu aos querubins deveria estar à disposição do Presidente da Loja, pois ele com Sabedoria fará o uso correto da espada de fogo que pode ferir, mas que tem a missão primaz de afastar as trevas.


O terceiro aspecto é o simbólico, como extensão do braço direito daquele que a segura, indicando que não haverá lugar no mundo onde aquele que está vendo a ponta da espada poderá se refugiar em segurança da justiça maçônica, mas também amplifica todos os sentimentos emanados pelo Irmão que a segura com o braço esquerdo, pois o coração de cada Maçom é uma usina a produzir as mais puras vibrações em prol da sociedade.    

                                                                                                                 
 Trab.'. - Ir.'. Sérgio Quirino Guimarães                                            Pesquisa e digitação - Ir.'. José Carlos Lopes
                                                                                                        20-02-2010                                                                       

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Rituais e as Possibilidades de sua Aplicação Prática

O princípio básico dos rituais consiste em confirmar uma idéia, um pensamento através de uma expressão exterior, ou então o contrário, evocar uma idéia ou um pensamento através de um gesto ou uma ação.
Esse preceito básico vale para toda a magia ritual. Com isso queremos dizer que não é só toda a idéia (ou todo o ser) que pode ser expresso através de uma ação exterior, mas eles também podem ser conectados a uma tarefa específica. Aquilo que não possui ou não contém um nome específico, um símbolo ou algum sinal externo, não tem significado. É nessa tese primordial que se baseiam todos os processos ou rituais mágicos, assim como todos os sistemas religiosos, que possuem desde tempos primordiais, os seus procedimentos específicos de culto.
A diferença consiste somente no fato das massas sempre terem tido acesso apenas a uma pequena parte disso, pois a maior parte desses procedimentos era guardada em segredo e utilizada só por altos sacerdotes e iniciados.
Cada ritual tem um objetivo específico para a pessoa a quem ele serve, sem levar em conta se é um feitiço tibetano ou uma postura de dedos dos sacerdotes de Bali, em cultos orientais ou rituais de maldição dos magos negros. A síntese é sempre a mesma. Nas ações judiciais, quando a pessoa jura que está dizendo a verdade e só a verdade, ela ergue a mão mostrando três dedos, o que também é considerado um gesto mágico. Do ponto de vista cristão, os dedos erguidos simbolizam a trindade unificada. Cada uma das inúmeras sociedades secretas e seitas possuem o seu ritual próprio.
As lojas maçônicas, por exemplo, estão relacionadas a um determinado sinal, uma palavra e um toque.
Do ponto de vista histórico poderíamos ainda falar muita coisa sobre esse tema. Mas para a magia e o desenvolvimento práticos, esse estudo seria totalmente inútil. Para o verdadeiro mago, não faria muita diferença ler nos mais diversos livros que o mago costuma desenhar um círculo mágico considerando-o um símbolo da eternidade, da divindade a da intocabilidade, colocando nele anjos a espíritos protetores; ou então como um lama desenha o seu mandala, e colocam os Thatagatos em seus rituais como divindades de proteção.
O nosso mago não precisa dessas instruções estranhas porque ele sabe que são só conexões de idéias e auxiliares da memória, ou do espírito. Aqui o mago aprende a arte de criar os seus próprios rituais, cultos, gestos, posições de dedos. Tudo isso depende só da sua individualidade e capacidade de assimilação.
Às vezes um mago consegue muito mais com os rituais mais primitivos, do que um especulador filosófico com os cultos mais complicados. Nesses casos não se pode traçar uma diretriz exata; o estudante deve agir intuitivamente e expressar cada idéia e pensamento, assim como aquilo que ele quer ver concretizado, através de um gesto, uma posição dos dedos ou um ritual que têm a ver com ele.
Com certeza ele não expressará um gesto de bênção com o punho cerrado, ameaçador.
Conforme o local e a situação em que se encontra, ele deverá compor o seu ritual individual e discreto, que deverá ser utilizado em segredo quando não houver ninguém observando. Existem magos que praticam a sua magia ritual sem que ninguém perceba, com movimentos dos dedos no bolso do paletó ou do casaco, até mesmo com muita gente em volta deles. Eles usam os cinco dedos em analogia aos elementos; o dedo indicador corresponde ao fogo, o polegar à água, o dedo médio corresponde ao Akasha, o anular a terra e o mínimo ao ar, sendo que a mão direita se refere aos elementos positivos e a esquerda aos negativos. Esse pequeno exemplo deve ser suficiente para um esclarecimento sucinto. Você deve aprender também a atribuir sinais específicos às suas idéias. Mas não fale sobre isso a ninguém, pois se outra pessoa usar o mesmo sinal que o seu, para a mesma idéia, poderá enfraquecê-la através do desvio de sua energia. Conecte e amarre aquele seu desejo pessoal, que você quer ver realizado rapidamente, ao seu próprio ritual ou gesto, de preferência às gesticulações dos dedos, e imagine que através desse gesto o seu desejo logo se realizará, ou melhor, que ele já se realizou. A lei da forma presente e imperativa também se aplica nesse caso. A imaginação da concretização, em conjunto com o gesto ou o ritual devem, no início, conter um sentimento intenso de segurança, certeza e confiança, além de uma crença inabalável na sua realização efetiva. Primeiro nós devemos utilizar ambos, tanto a imaginação quanto o ritual. Mais tarde, quando nos ocuparmos somente da imaginação do desejo e de sua concretização, então, sem perceber e sem ter consciência do fato, seremos induzidos a usar o ritual ou o gesto.
Quando chegamos ao ponto de automatizar o desejo na nossa imaginação, o processo se inverte; fazemos o gesto ou realizamos o ritual, e a imaginação ou a sua energia correspondente automaticamente libera o seu efeito. Esse é o objetivo em si do ritual ou da gesticulação, do posicionamento do corpo ou dos dedos.
Quando o ritual com a imaginação torna-se automático, basta realizar o ritual para se obter o efeito ou a influência desejada. Podemos fazer uma comparação aproximada com uma bateria carregada, na qual basta fazer o contacto correto para se obter a corrente elétrica necessária, a qualquer hora. Repetindo-se constantemente a imaginação com o gesto ou ritual escolhido forma-se um reservatório de energia na esfera das coisas primordiais do princípio do Akasha, que assimila a vibração necessária (fluido eletromagnético), cor, som e outras analogias correspondentes ao desejo ou objetivo. Podemos dizer, com razão, que são até porçõezinhas de sangue, em sua natureza. Quando esse reservatório de energia é carregado através da repetição freqüente, o ritual atua no sentido de descarregar uma parte do reservatório e promover o efeito necessário. Por isso é que aconselhamos o mago a não falar com ninguém sobre isso, senão outra pessoa poderia, sem esforço, extrair a energia acumulada através do mesmo ritual e obter o mesmo efeito, tudo isso à custa do seu autor original. Existem sociedades secretas que deixam os seus iniciantes realizarem rituais com os quais esses reservatórios de energia são carregados automaticamente. Os iniciados mais graduados têm então um meio fácil de repor o seu próprio reservatório, podendo então trabalhar com ele sem esforço. Mas na medida em que o estudante progride, conseguindo abastecer-se sozinho nesse reservatório, então lhe é aconselhado que use o ritual o menos possível. Muitas pessoas se lembrarão que os movimentos e partidos políticos promovem uma ação mágica indireta em seu gesto de saudação, conduzindo pequenas porções adicionais de energia vital dinâmica ao reservatório geral, através da repetição constante. (Por exemplo, no partido nacional-socialista alemão partido nazista), a mão erguida que acompanhava a saudação era uma espécie de gesto de poder. Mas quando um reservatório coletivo de energia que se torna tão poderoso é usado para fins maléficos e gananciosos, essa energia espiritual volta-se contra seus criadores (por causa da polaridade) e provoca a destruição e o aniquilamento. Apesar disso, as pragas rogadas pelos inúmeros presos, em parte inocentes condenados à morte ou sacrificados nos campos de batalha, acabam provocando uma polaridade contrária que também contribui para uma decomposição desse reservatório de energia negativa. A mesma lei, na mesma medida, vale para os outros tipos de culto, seja em religiões, seitas ou sociedades secretas. As curas miraculosas em locais de peregrinação possuem o mesmo fundamento. O crente, através de sua grande fé e confiança inabaláveis no retrato ou na imagem do santo, atrai para si a energia espiritual extraída do princípio do Akasha e represada ali pelos fiéis ao rezarem, promovendo assim a cura miraculosa. O mago correto sempre encontra a única verdadeira explicação para esses e outros fenômenos, baseando-se nas leis universais. Se ele quisesse, em função do seu conhecimento dessas leis, principalmente das leis da polaridade, ele poderia atrair para si essa energia do reservatório correspondente e com ela realizar essas curas ou supostos "milagres". Mas o mago que possui um elevado senso de ética consideraria esse procedimento uma malversação e por isso jamais se utilizaria dele, pois afinal ele dispõe de outras possibilidades.
Esse é só um comentário marginal... Como já foi mencionado, toda idéia, desejo e imaginação podem ser concretizados através de um ritual, sem levar em conta o plano a ser considerado, o material denso, o astral ou o espiritual.
O momento de qualquer concretização depende em primeiro lugar da maturidade espiritual, e em segundo lugar do empenho na execução do ritual. O mago deve escolher aqueles rituais que ele poderá utilizar durante toda a sua vida, tomando como base os rituais de caráter universal.
Quanto menos desejos ele tiver tanto mais rápido será o seu progresso.
Enquanto os primeiros rituais escolhidos não surtirem o efeito desejado, não se devem adotar outros.
No início será suficiente um único ritual, ou no máximo três.
Ao chegar a esse grau de evolução, o mago já terá aprendido a manter a medida correta, e também, a saber, quanto conseguirá carregar.

Por: Franz Bardon

Pesquisa: José Carlos Lopes
13-09-09